Lilian Garcia de Paula Cintra

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São Paulo, São Paulo, Brazil
Lilian Garcia de Paula Cintra CRP 06/77515 Psicóloga mestre formada pela Universidade Mackenzie com mestrado em psicologia clínica pela PUC -SP. Aprimoramento pela Fundap - Cratod em Dependências e Saúde Mental e Pós graduação em Abordagem Junguiana pela PUC SP. Clínica localizada em Perdizes/ Barra Funda prox ao metrô Barra Funda - adultos, adolescentes, idosos e casais. Psicóloga com experiência em situações de crise, abrigamentos e coordenação de equipe. site: https://www.psicologiabarrafunda.com/ (11) 99964-8509 / 2366-6249

sexta-feira, 12 de março de 2010

PORQUE PSICOTERAPIA JUNGUIANA?

Gostaria de esclarecer de início que minha intenção aqui não é convencer ninguém a fazer psicoterapia e nem explanar sobre a teoria junguiana, mas auxiliar na compreensão desse processo que é tão subjetivo e que desperta curiosidade e atrai tantas pessoas.

Psicoterapia é um processo de autoconhecimento que visa a conscientização de quem se é de verdade. Isso traz uma melhor relação consigo mesmo e consequentemente a melhora da inserção no mundo.

Jung, médico psiquiatra suíço, nasceu em 1875 e morreu em 1961. Ele formou através de seus estudos como psiquiatra uma nova linha teórica. Jung postulava a importância do maior conhecimento possível do inconsciente, seja pessoal ou coletivo, para o processo de individuação de cada um – tornar-se quem se é realmente. Porém não descartava os processos conscientes e priorizava a relação estabelecida com seus pacientes.

O inconsciente pessoal pode ser acessado de algumas formas, mas a mais utilizada e estudada por Jung e muitos de seus seguidores é a produção onírica: os Sonhos. Eles nos dão pistas do caminho a seguir na terapia, pois nos mostram o que há de mais verdadeiro na pessoa.

Jung e os pós junguianos também se utilizam de materiais coletivos que podem fornecer pistas, auxílios e dar às pessoas uma sensação de pertencimento ao mundo, ou seja, sua dor não é única, é compartilhada por milhões de pessoas. Esse acesso se dá através de produções coletivas como contos de fadas, filmes, mitologia.

Para ele, a relação estabelecida - consciente e inconsciente- entre paciente e terapeuta era o mote de trabalho que propiciaria o sucesso do processo terapêutico.

Meu trabalho em clínica, dessa forma, segue esses princípios. Utilizo a relação terapêutica como um ‘mini-mundo’ – como costumo chamar o processo de terapia – ou seja, um local onde a maneira de ser do paciente em relação aos outros se faz presente, obviamente não da mesma forma, já que a relação paciente/ terapeuta é única, porém é uma relação importante o bastante para ser usada como guia no entendimento das relações estabelecidas no ‘grande mundo’.

Para tal, utilizo os sonhos que meus pacientes trazem durante o processo de terapia e também contos, filmes, mitologia, produções gráficas e outras coisas que puderem auxiliar no processo de individuação do paciente – tornar-se quem se é. Isso ocorre de acordo com a necessidade e disponibilidade de cada paciente, respeitando seu tempo interno e seu processo.

Espero que tenha trazido algum entendimento sobre o processo de psicoterapia de abordagem Junguiana. Minha intenção não foi explanar sobre a teoria e sim permitir um maior entendimento do processo psicoterápico. É claro que vivenciar é completamente diferente de ler ou entender sobre o processo, é um caminho único que busca conectar a pessoa ao seu centro, trazendo um melhor relacionamento consigo mesma e consequentemente, com os outros.

Obrigada pela atenção.

Dia da mulher - 08/03

Olá a todos!

Decidi dividir com vocês a importância de uma data que, como tantas outras, passa ano após ano por nós sem nos darmos conta de sua relevância em nossa vida. Ao iniciar meu trabalho como psicóloga jurídica no Cravi e coordenadora técnica pude promover algumas palestras sobre o tema da Violência contra a mulher e a posição da mulher em nossa cultura em locais diversos.

Nessas palestras foi possível perceber a dificuldade e pouca informação referente ao tema que existe em nossa sociedade. É sim um tema complexo e difícil de lidar, porém as pessoas mostram-se interessadas e envolvidas com o tema. Então, tive a idéia de escrever sobre a mulher, suas conquistas e dificuldades para reflexão de todos.

A violência contra a mulher existe desde o início dos tempos, desde que as famílias foram sendo formadas e a mulher passou a ser considerada submissa ao homem. Hoje ainda é assim? As mulheres são subjugadas? E os homens? Como lidam com a mulher de hoje? Qual seu papel na sociedade atual? Questões complexas de se responder.

Estamos passando atualmente por uma reformulação social onde a mulher vem ocupando cada vez mais posições no mercado de trabalho e os homens precisam ajudar com as obrigações domésticas. Mas quem é responsável pelo cuidado com as crianças? Os chefes aceitam homens que faltem ao trabalho para ir a uma reunião de escola?

Pode ser que alguns conheçam homens responsáveis pelos cuidados diários com os filhos: escola, comida... que bom. Isso mostra a mudança cultural.  Mas será que podemos dizer que a mudança efetivamente se consolidou? Que não existe diferença salarial entre homens e mulheres? Que não há violência contra as mulheres? Será que ouvimos falar de violência contra a mulher porque há um aumento no número de violência ou elas estão denunciando mais? Estão??

Essas são questões para todos pensarmos, mulheres e homens. Questões importantes e que refletem a mudança de paradigma necessária em nossa cultura que vem se aprimorando, mas ainda é bastante incipiente.

Só um dado para conhecimento de todos: O Dia Internacional da Mulher é no dia 08/03 em homenagem a cerca de 130 mulheres que morreram queimadas em 1857 em um incêndio provocado após um manifesto por melhores condições de trabalho e salário dentro da fábrica onde trabalhavam. Após esse fato vários manifestos e protestos seguiram-se pelos direitos femininos sempre no dia 08/03 e em 1977 a ONU decreta o dia 08/03 como Dia Internacional da Mulher - 120 anos após o incêncio!

Feliz dia das mulheres!